Apesar da sua origem marcial, nos dias atuais o kung fu é utilizado muito mais como um eficiente exercício cardiovascular, para controle do stress e de coordenação motora, do que como um sistema de combate. Ou seja, as artes marciais chinesas se voltam muito mais ao autoconhecimento do que às lutas em si. O que mais interessa é o bem estar do praticante, a formação de seu caráter e desenvolvimento físico, mental e espiritual. Sendo assim, indivíduos de ambos os sexos (masculino e feminino), a partir dos 6 anos de idade, sem faixa etária limite, podem praticar.
Como o kung fu trabalha todos os conjuntos musculares e articulações, ele pode se tornar uma atividade física ideal para crianças e jovens. Com a aplicação de diversos tipos de técnica – socos, chutes, arremessos, torções, mobilidade e acrobacias -, os pequenos melhoram a capacidade cardiorrespiratória, o tônus muscular, a coordenação motora, a agilidade, os reflexos, a força, a velocidade e a flexibilidade. Todo esse aprimoramento gera mais qualidade no sono, promove aumento do apetite, melhora a resistência do organismo e previne contra problemas cardiorrespiratórios, ortopédicos e posturais. Além disso, a arte marcial é responsável por transmitir valores fortes como disciplina, respeito e autocontrole, o que pode auxiliar os jovens nos principais desafios sociais e pessoais durante a fase de crescimento. Maior concentração e comprometimento nas atividades escolares e do dia a dia, controle da hiperatividade, diminuição da agressividade e maior facilidade de fazer amizades, são alguns dos exemplos já constatados nos pequenos praticantes.
Para adultos e a chamada terceira idade/melhor idade, a prática do kung fu ajuda não só a quebrar o sedentarismo, como alivia as tensões do dia-a-dia. Fisicamente a atividade contribui para o fortalecimento muscular, a melhora dos reflexos, do senso de percepção e da coordenação motora, além de aumentar a resistência do organismo contra uma série de doenças. Espiritualmente, o kung fu estimula a paciência e o equilibro das emoções, aumenta a sensação de bem estar, proporciona o acesso a uma nova cultura e hábitos relacionados à melhora da qualidade de vida, gerando assim auto-confiança no praticante.
O kung fu também é uma grande ferramenta de inclusão social. Como sua prática não restringe idade, sexo, classe social, tampouco etnia ou religião, essa arte marcial promove a integração entre os povos, incentivando a cultura da paz e do respeito, oferecendo tranquilidade e equilíbrio para os praticantes e para a comunidade da qual fazem parte.